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Engenheiros da UFU trabalham em recuperação de ponte histórica entre Minas e Goiás

Equipe faz vistorias em estrutura centenária que está interditada
por João Paulo
Publicado: 09/12/2020 - 12:34
Última modificação: 09/12/2020 - 12:38

 

 

Ponte Affonso Penna foi inaugurada em 1909 (Foto: Arquivo dos pesquisadores)

 

 

A Ponte Affonso Penna, que passa sobre o Rio Paranaíba e liga os municípios de Araporã (MG) e Itumbiara (GO), é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), mas tem passado por várias interdições nos últimos anos devido a problemas na estrutura que podem representar riscos. A interdição mais recente foi em agosto deste ano. 

A passagem continua fechada, mas, desde setembro, pesquisadores da Faculdade de Engenharia Civil da Universidade Federal de Uberlândia (Feciv/UFU), por meio de projeto de extensão financiado pelas prefeituras de Araporã e Itumbiara, estão fazendo análises da ponte. O financiamento do estudo é feio por meio da Fundação de Apoio Universitário (FAU).

O projeto é coordenado pelo professor Rodrigo Gustavo Delalibera e tem a participação de técnicos e estudantes da Feciv. A fase atual é de desenvolvimento dos ensaios para elaboração do projeto de reforço e recuperação da estrutura.

Inaugurada em 1909, a Ponte Affonso Penna tem 240 metros de comprimento e é considerada a ponte pênsil mais antiga do Brasil. A estrutura de ferro foi importada da Alemanha, transportada até o Rio de Janeiro de navio e depois de trem até Araguari (MG). O percurso até a divisa de Minas Gerais com Goiás foi concluído em carros-de-bois. 

As pontes do tipo pênsil e estaiada são suspensas por cabos. A diferença é que, na pênsil, há um cabo de aço principal e os cabos pendurais, que se ligam perpendicularmente ao tabuleiro (a "laje" onde passam os veículos), enquanto que na estaiada os cabos (estais) que saem do mastro são ancorados diretamente no tabuleiro.

 

 

Tipos de pontes suspensas (Arte: Marcel Arantes)

 

 

Segundo Delalibera, as pontes suspensas são construídas onde é preciso manter grandes vãos, como nos rios com navegação. "Usamos esse tipo de estais onde nós não podemos ter pilares a certa distância. Por exemplo, nas pontes comuns, você pode observar que os pilares são entre 30 e 40 metros. As estaiadas nós podemos ter, entre um apoio e outro, 80 metros, 100 metros. Nesse caso lá [da Ponte Affonso Penna] é de 97 metros", explica.

 

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